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Chamada de trabalhos para compor o Graduação em Foco 2024.



O Programa de Educação Tutorial (PET), do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Minas Gerais, recebe resumos de estudantes matriculados na graduação em Ciências Sociais e áreas afins para apresentação de trabalho no evento Graduação em Foco 2024. O evento será realizado entre os dias 19 e 23 de Agosto de 2024.


O Graduação em Foco visa inserir e dar espaço, de uma forma interdisciplinar, à exposição dos resultados das pesquisas e trabalhos realizados por graduandos, bem como oferecer um espaço de debate entre estudantes participantes e pareceristas pós-graduandos e/ou professores. Para tanto, os trabalhos submetidos deverão estar incluídos em alguma das temáticas dos Grupos de Trabalhos propostos por pós-graduandos e professores de todo país.


PRAZO DE ENVIO: 20 de junho de 2024, 23:59.





CONHEÇA OS GRUPOS DE TRABALHO:

  • Intérpretes do Brasil: pensamento social e político brasileiro

  • Marcadores sociais da diferença: Raça, Gênero e Sexualideda em perspectiva

  • Sistema de justiça criminal e segurança pública - Suas instituições, seus atores e temas transversais

  • Antropologia, saúde e suas interseccionalidades

  • Corpo, Gênero e Sexualidade

  • Arte, Cultura e Pensamento Negro na diáspora

  • Da vigilância à punição: Polícia, Crime e Sistema Prisional

  • Mulheres, política e democracia: uma discussão interseccional sobre a presença feminina nos espaços de poder na América Latina

  • Estudos sociais da economia: analisando a economia e o econômico pelas lentes da sociologia, da antropologia e da ciência política

  • Construção, Desmonte, Reconstrução: Políticas Públicas no Brasil da Constituição Cidadã (1988-hoje)

  • Trabalho e Capitalismo.

  • Pesquisas sociológicas a partir de gênero raça e território

  • Instituições políticas e estudos legislativos

  • Transformações e tensões nas universidades brasileiras: considerações sobre ensino e discriminação

  • Judiciário e Política

  • Crise de narrativas: disputas em torno do gênero, das sexualidades e dos feminismos em plataformas de mídia social

  • Democracia e Participação Política

  • Perspectivas Interseccionais e Democracia Eleitoral

  • Práticas alimentares, religião e mídias socais: A relação comida, sagrado e internet

  • Métodos quantitativos em Sociologia

  • Micro e Macro Escalas da Maternidade como agenda de pesquisa


 

Intérpretes do Brasil: pensamento social e político brasileiro ontem e hoje


Coordenadores:

Gustavo de Castro Patricio de Alencar - Graduação Ciências Sociais (UFMG), Mestrado Sociologia (UFMG), Doutorado Sociologia (UFMG) - Atualmente realiza pós doutorado em Sociologia pela UFMG e é professor do CEFET-MG

Felipe Riccio Schiefler - Graduação Ciências Sociais (UFMG), Mestrado Ciência Política (UFMG), Doutorado Ciência Política (UFMG) e atualmente é professor da Universidade Federal da Fronteira Sul



O presente Grupo de Trabalho procura oportunizar estudantes que realizam pesquisas a respeito daquilo que se convencionou chamar de pensamento social e político brasileiro. Trata-se de autores e autoras que se dedicaram a realizar interpretações do Brasil a partir do ontem, do hoje e do amanhã, ou seja, trabalhos que procuraram interpretar nosso passado, compreender nosso presente e projetar futuros possíveis. Destacam-se nomes como Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Jr, Raymundo Faoro, Maria Isaura Pereira de Queiroz, Maria Sylvia de Carvalho Franco, Celso Furtado, Alberto Guerreiro Ramos, Florestan Fernandes, Beatriz Nascimento, entre tantos outros e outras. Este GT busca contribuições de novo(a)s pesquisadore(a)s que, através de estudos teóricos ou empíricos, se insiram nesta longa trajetória de pesquisa envolvendo interpretações sociológicas e políticas a respeito das bases culturais e políticas de nosso país. Em um contexto em que desigualdades sociais e contradições se aprofundam, entendemos que um retorno aos intérpretes clássicos de nossa sociedade possa lançar luzes relevantes para um entendimento mais profundo de nossos desafios do presente.



Marcadores sociais da diferença: Raça, Gênero e Sexualideda em perspectiva


Coordenadores:

Maria Alice Magalhães - Doutoranda em Antropologia Social/PPGAn - UFMG

Rafaela Rodrigues de Paula - Doutoranda em Antropologia Social/PPGAn  - UFMG

Marília Loureiro Basílio - Mestranda em Antropologia Social/PPGAn  - UFMG

Steffane Pereira Santos - Mestranda em Antropologia Social/PPGAn  - UFMG


A proposta deste GT é reunir e discutir trabalhos, teóricos ou empíricos, que apresentem como categorias centrais de discussão gênero, raça, sexualidade, dentre outros marcadores sociais da diferença. A ideia é ensejar reflexões sobre o modo com que essas categorias se imbricam nas experiências de sujeitas/os/es socialmente localizadas/os/es, tomando a própria experiência como histórica e socialmente produzida (Scott, 1998), bem como a diferença (Brah, 2006). Na mesma direção em que propõe Avtar Brah (2006), Kimberlè Crenshaw (2002; 2004), Patricia Hill Collins e Silma Bilge (2021), partimos de uma perspectiva em que estruturas de raça, classe, gênero e sexualidade não podem ser pensadas como independentes, na medida em que se constituem mutuamente; e de que não existem hierarquias de opressão, como sugeriu Audre Lorde (2020). A proposição é incentivar considerações sobre como os marcadores sociais da diferença por vezes produzem ou se traduzem em hierarquizações e desigualdades entre distintes sujeites (Kilomba, 2019) a partir de textos/pesquisas que abordem um ou mais desses marcadores, bem como a própria relação entre eles.




Sistema de justiça criminal e segurança pública - Suas instituições, seus atores e temas transversais


Coordenadores:

Isabela Araújo - Doutoranda em Sociologia (UFSCAR); Mestre em Sociologia (UFMG)

Amanda Lagreca - Doutoranda em Sociologia (UFMG); Mestre em Administração Pública e Governo (FGV)


O presente GT propõe discutir trabalhos que tenham como foco todo o sistema de justiça criminal e temáticas relacionadas à segurança pública, de forma a pensar suas instituições, percepções, atores e os efeitos que se interseccionam. Partimos do pressuposto de que há um movimento de militarização no campo da administração estatal de conflitos que se consolida com o histórico de violência institucional no país, que se capilariza em todo o Sistema de Justiça Criminal e nas políticas de segurança pública. Trabalhos que desvelam esse efeito é do nosso interesse.

Nessa perspectiva, o GT se interessa por trabalhos que têm como foco as três principais esferas institucionais da segurança pública: a Polícia, o Sistema de Justiça e o Sistema Penitenciário. Acreditamos que entender o funcionamento da Polícia, da Justiça e do SistemaPrisional, suas políticas públicas, e, mais do que isso, as interseções e interações entre essas instituições e seus atores é fundamental para uma compreensão da segurança pública que considere as nuances e a complexidade do tema.

De forma transversal nas temáticas, estamos interessadas em olhar como esse múltiplo sistema pode interagir entre si e entre temas relevantes para a sociedade como um todo, como direitos de grupos mais vulnerabilizados: mulheres, população LGBTQIA+, população negra, PcD, entre outros, de forma que a dinâmica entre o direito e a sua devida implementação e garantia será um foco desejável.



Antropologia, saúde e suas interseccionalidades


Coordenadores:

Marco Antonio Gatti Junior - Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Antropologia na UFMG; Mestre em Antropologia pela UFMG, Bacharel e licenciado em Ciências Sociais pela UFMG

Adriana Fernandes Carajá - Pajé Karirí-Sapuyá do Sertão baiano. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Antropologia na UFMG e na Paris 8. Mestre pelo Programa de Promoção da Saúde e Prevenção da Violência (FACULDADE DE MEDICINA /UFMG), especialista em Gestão em Serviços de Saúde e em Educação Permanente em Saúde, e graduada em Enfermagem pela Universidade José do Rosário Vellano


O Grupo de Trabalho tem a intenção de perpassar os debates teóricos sobre a saúde em relação à sociedade e cultura de uma perspectiva antropológica, abordando também dimensão biopsicossocial, considerando a doença para além da ausência de saúde. Existe o interesse em trabalhos que perpassam os debates relacionados à biopolítica; necropolítica; políticas públicas, ética em saúde; itinerários terapêuticos; violências; interseccionalidades, assim como etnografias realizadas em serviços de saúde em geral. São bem vindos trabalhos que abordem questões relacionadas à saúde e todas as suas intersecções sociais e culturais, como saúde de povos e comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas, LGBTIP+, mulheres, população negra, etc.



Corpo, Gênero e Sexualidade

Coordenadores:

Clara Maduell Gómez - Doutoranda PPGAn - UFMG

Mariani Viegas da Rocha - Doutoranda PPGE-UFPR


Há uma construção corporal através da cultura, a sociedade exerce poder sobre o corpo do indivíduo. Assim, ele é produzido historicamente e não um dado da natureza, é uma produção discursiva que está inscrita sócioculturalmente e significada através de práticas e atos. Tanto gênero, como sexo também são representações da sociedade, ou seja: se “fazem”. Tomaremos o corpo humano e fenômenos a ele relacionados como objetos de estudo explorando suas dimensões histórico-sócio-antropológicas. Discutiremos sobre o corpo como objeto da cultura e como agente na cultura. A construção social dos corpos e os processos de corporificação e generificação do mundo social. Assim, esperamos trabalhos que forneçam instrumental para a abordagem de questões sobre o corpo sob olhares que desenvolvam a reflexão crítica sobre a relação entre natureza e cultura, contextualizem e discutam diferentes abordagens teóricas e metodológicas que tomam por objeto corpo e cultura. Como também pesquisas que forneçam um panorama de debates afim de contextualizar alguns dos principais desenvolvimentos teóricos e críticos em termos de gênero e sexualidade e suas relações. 



Arte, Cultura e Pensamento Negro na diáspora

Coordenadores:

Camila Oliveira Silva da Cruz - Mestranda em História pela UNIFESP

Gabriela da Costa Silva - Mestra em Sociologia pela UnB


O presente Grupo de Trabalho visa construir um espaço de reflexão sobre as experiências e

contribuições das vivências negras na arte e na cultura em contextos da diáspora africana. Em diálogo com as produções de intelectuais negros, receberemos trabalhos que pensem as resistências negras, os movimentos culturais, as expressões e reimaginações da negritude presentes na literatura, artes plásticas, música, cinema, fotografia entre outras expressões artísticas vividas em contexto diaspórico. A partir da perspectiva interseccional, temos acompanhado uma série de pesquisas sobre a literatura feminina negra, afrofuturismo, hip-hop, vogue, a presença de artistas negros em exposições, dentre outros temas que reflitam sobre a relação direta da população negra com as artes. Em diálogo com a ebulição destes trabalhos e a importância de pensar o negro através da arte e da cultura, desejamos receber trabalhos que possam apontar novos horizontes teóricos e metodológicos em torno dos temas relacionados a: 1) artes e questão racial; 2) expressões da resistência negra através da arte; 3) interseccionalidade nas artes; 4) colonialismo e expressões culturais; 5) produções sobre trajetória de artistas/autores negros. 6) produções audiovisuais e questão racial.



Da vigilância à punição: Polícia, Crime e Sistema Prisional


Coordenadores:

Thamires Oliveira - Doutoranda em Sociologia UFMG/CRISP

Dejesus de Souza Silva Doutorando em Sociologia UFMG/CRISP

Maria Elisa Rocha Couto Gomes - Doutoranda em Ciência Política UFMG/CRISP

Camila Luíza de Sena - Mestranda em Sociologia e Antropologia UFRJ/DTA


Este Grupo de Trabalho pretende ofertar um espaço para discussões inseridas no campo do policiamento, do crime e da punição. As questões abordadas estão intimamente conectadas, uma vez que a polícia ostensiva rotula certos indivíduos como "bandidos", considerando sua raça, classe social ou território, o que se destaca como uma das principais estratégias de atuação policial, conforme observado por Misse (2010). A criminalização da pobreza é uma consequência imediata desse processo, conforme apontado por Coelho (1978), manifestada na suposta "guerra às drogas", que resulta diretamente no aumento do encarceramento em massa. Esse aumento, por sua vez, demanda um crescimento contínuo do número de funcionários trabalhando no sistema prisional. O sistema prisional, devido à sua longa tradição de violações de direitos, criou as condições para o surgimento de grupos de crime organizado, agravando ainda mais as condições degradantes das prisões brasileiras. Nesse contexto que coexistem uma polícia ostensiva que prende e mata muito, a criação da polícia penal direcionada para repressão em detrimento da custódia e do cuidado (TAIT, 2011), e um sistema prisional em pleno crescimento, inclusive feminino, consideramos que é urgente refletir sobre essas temáticas, sobretudo, no âmbito das ciências sociais, haja vista que almejam compreender tais fenômenos sociais para além do mero punitivismo. Assim, daremos prioridade para pesquisas elaboradas a partir de metodologias empíricas que abordam e problematizam temas ligados às polícias (militar, civil, penal, etc.) e seus grupos especiais, aos mercados ilegais, às audiências de custódia, ao encarceramento em massa (masculino e feminino), à privatização do sistema prisional, às APACs e demais questões que dialoguem e contribuam para reflexão de assuntos que perpassam a vigilância e cheguem até a punição.


MULHERES, POLÍTICA E DEMOCRACIA 

 uma discussão interseccional sobre a presença feminina nos espaços de poder na América Latina


Coordenadores:

Mariana De Mattia Rocha - Mestra e Doutoranda do Programa de pós Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG,pesquisadora de pós-graduação do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher - NEPEM/UFMG

Luiza Aikawa - Mestra e Doutoranda do Programa de pós Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG,pesquisadora de pós-graduação do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher - NEPEM/UFMG

Viviane Coelho Moreira - Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais -UFMG, pesquisadora de pós-graduação do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher - NEPEM/UFMG

 

A sub-representação feminina na política é um sintoma claro do quanto a democracia está em dívida para com as mulheres na América Latina e no Brasil, em especial. Este GT visa debater e entender melhor a divisão de gênero e raça nos espaços políticos, destacando a persistente marginalização das mulheres, particularmente das negras, trans e de baixa renda. A literatura feminista destaca como as estruturas sociais perpetuam essa exclusão, associando as mulheres, predominantemente, ao trabalho doméstico e reprodutivo, enquanto o trabalho remunerado e público/político é visto como masculino. Dados recentes mostram que as mulheres compõem apenas 27% dos parlamentos mundiais (IPU, 2024), com o Brasil ocupando posições baixas nos rankings globais e sendo um dos últimos das Américas, o que reflete a extrema sub-representação. Assim, o GT está aberto a debates que abordem como essas barreiras afetam a representação e a participação feminina, refletindo sobre estratégias para superar esses obstáculos e promover sua inclusão e seu empoderamento na política. Espera-se que os trabalhos apresentados ofereçam análises a partir de abordagens interseccionais que considerem gênero, raça, classe e sexualidade, utilizando-se das teorias feministas e antirracistas (e em especial, das teorias feministas latino-americanas) para enriquecer a discussão. A partir de uma variedade de perspectivas metodológicas e teóricas, busca-se compreender e contribuir para transformar a realidade das mulheres nos espaços de poder.



Estudos sociais da economia: analisando a economia e o econômico pelas lentes da sociologia, da antropologia e da ciência política


Coordenadores:

Victor Pimentel Ferreira - Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA/UFRJ), mestre em Sociologia (PPGSA/UFRJ) e bacharel em Ciências Sociais (IFCS/UFRJ). Professor Substituto do Departamento de Sociologia e Metodologia em Ciências Sociais (GSO/UFF).

Tarik Dias Handam - Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA/UFRJ), mestre em Sociologia (PPGSA/UFRJ) e bacharel em Ciências Sociais (IFCS/UFRJ). Professor Substituto do Departamento de Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS/UFRJ).


A proposta fundamental desse GT é acolher pesquisas empíricas sobre a economia e o econômico a partir das ciências sociais. Com esses termos, “economia” e “econômico”, enfatizamos a pluralidade temática de nossa proposta, voltada igualmente para uma reflexão sobre os saberes especializados em torno do campo da economia e para uma discussão a respeito das formas pelas quais os atores sociais se relacionam com a dimensão propriamente econômica de seu cotidiano. Assim, estamos abertos tanto para trabalhos que analisem criticamente a disciplina economia quanto para investigações a respeito de interações, comportamentos e fenômenos tidos comumente como “econômicos”, como o consumo, a prestação de serviços, a inflação, o mercado (formal e informal), atividades de contravenção (como o jogo do bicho), moedas sociais, bolsas de valores etc. Dessa forma, esperamos, por um lado, pesquisas que se debrucem criticamente sobre as maneiras pelas quais economistas e especialistas concebem o campo da economia e a dimensão econômica da vida social, e, por outro, investigações a respeito de práticas econômicas ordinárias e seus efeitos sobre as interações sociais cotidianas.



Construção, Desmonte, Reconstrução: Políticas Públicas no Brasil da Constituição Cidadã (1988-hoje)


Coordenadores:

Ana Luiza Martins de Medeiros - Doutoranda e Mestre em Ciência Política (UFMG), Bacharel em Ciências Sociais (UFMG);

Beatriz Brasil da Silva Monteiro - Doutoranda em Ciência Política (UFMG), Mestre em Ciência Política (UFPA), Bacharel em Ciências Sociais (UFPA);

Gustavo do Amaral Loureiro - Doutorando em Ciência Política (UFMG), Mestre em Ciência Política (Unirio), Bacharel em Relações Internacionais (Unilasalle-RJ);

Leonardo Assis Martins Júnior - Mestrando em Ciência Política (UFMG), Bacharel em Gestão Pública (UFMG).


O GT aceitará trabalhos que abordem a ação estatal na construção de políticas públicas, incluindo aspectos relativos às interações do Estado e outros atores sociais, além de estudos sobre seus desmantelamentos, demonstrando uma outra face do campo. Nesse sentido, propõe-se um aprofundamento das perspectivas sobre as relações de programas de governo, agendas políticas, movimentos sociais, capital e atores relevantes com os processos referentes às mudanças de políticas públicas, seja pela implementação ou erradicação dispositivos, em governos liberais, conservadores ou progressistas, com suas distintas facetas e posturas em relação a pautas fundamentais da democracia brasileira. Dentre os tópicos sugeridos, tendo foco nas políticas públicas, estão: a) estudos comparativos e longitudinais; b) mecanismos institucionais de [des]coordenação; c) papel da ideologia e de princípios nas distintas fases de seus ciclos; d) relações intergovernamentais; e) desmantelamento; f) relação socioestatal; g) efeitos da descentralização; h) papel de movimentos sociais; i) papel dos Poderes nas crises políticas e conflitos institucionais; dentre outros.



Trabalho e capitalismo: Da Fábrica à Uberização.

Coordenadores:

Larissa Dulce Moreira Antunes - Professora de Sociologia do Trabalho no IFMG, Doutoranda em Ciência Política no Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFMG, Mestre em Estudos Rurais pela UFVJM, Cientista Social (Bacharelado e licenciatura) pela UFMG.

Georgheton Filho- Cientista Social pela UFMG e Mestrando em Ciência Política no Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFMG.


As vicissitudes do trabalho, em especial nas últimas décadas, sob o domínio do neoliberalismo, constituem uma das temáticas politicamente e teoricamente mais relevantes no âmbito das ciências humanas. A ofensiva do capital e do seu receituário político-econômico neoliberal implicaram, entre outras coisas, no enfraquecimento dos sindicatos, no recuo dos direitos do trabalho e na deterioração das condições de trabalho, em suma, no acentuamento das relações de exploração no campo e na cidade, no chão da fábrica, no espaço urbano, na cidade, também no mundo da uberização e plataformização . Neste sentido, longe de ser um objeto de estudo ultrapassado, a pesquisa científica sobre o trabalho preserva sua importância histórica e fornece perspectivas e embasamento para entendermos futuras complexificações e transformações dessas interações. Este GT está aberto a artigos teóricos e empíricos que tematizem criticamente a relação (clássica ou contemporânea) capital-trabalho, as relações entre exploração e opressão, o avanço das relações sociais capitalistas sobre outras formas de sociedade e de trabalho (relação humanidade e natureza), nálises de legislações anti-trabalhistas etc.



Pesquisas sociológicas a partir de gênero raça e território


Coordenadores:

Rafaela da Cunha Pinto - Doutoranda em Sociologia (PPGS/UFMG)

Lusiene Araujo da Conceição Dias - Doutoranda em Sociologia (PPGS/UFMG)

Maryellen Milena de Lima - Doutoranda em Sociologia (PPGS/UFMG)


Neste grupo de trabalho pretende-se dialogar sobre as categorias Gênero, Raça e Território, tanto em suas interseccionalidades ou em recortes independentes. Essas categorias de análise são importantes para as ciências sociais como um todo, para ampliar como uma lente de observação e teorização que desnaturaliza relações sociais, colocando em evidência a diferenciação do grupo e ao mesmo tempo seu reconhecimento. Neste sentido, os trabalhos a serem propostos devem seguir a premissa de que gênero como repensar papéis sociais e performances, raça enquanto categoria sociológica que repensa uma estrutura social, território como o espaço diferenciado de produção de hierarquias, opressões e resistências.



INSTITUIÇÕES POLÍTICAS E ESTUDOS LEGISLATIVOS


Coordenadores:

Natália Pinto Costa - Doutoranda em Ciência Política/UFMG

Eliene Silva - Doutoranda em Ciência Política/UFMG

Suziany Portéglio - Doutoranda em educação/UFMG


O GT de Instituições Políticas e Estudos Legislativos tem como objetivo agregar propostas com foco no funcionamento e na interação das instituições políticas no Brasil. Nesses campos de estudo, os pesquisadores buscam compreender o funcionamento das instituições políticas na prática, como estas influenciam o comportamento dos atores políticos e de que forma afetam os resultados políticos e a qualidade da democracia. Serão aceitos trabalhos que abordem: 1) as dinâmicas entre os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), bem como a dinâmica interna do legislativo: desde a 2) perspectiva de organização legislativa, 3) produção legislativa, 4) formação de coalizão, 5) formação de governo, 6) composição e/ou atuação das comissões legislativas em ambas as casas, 7) a atuação dos partidos dentro dessas instituições, 8) participação política de membros externos ao Congresso Nacional, por meio de instrumentos como audiências públicas, 9) assim como espaço para o debate das assembleias legislativas subnacionais. Dessa forma, o GT visa contribuir com a área de instituições políticas e os estudos legislativos no Brasil.



Transformações e tensões nas universidades brasileiras: considerações sobre ensino e

discriminação


Coordenadores:

Daniel Lucas Dejavite de Biagio (Mestrando - Fundação Getulio Vargas)

Gabriel Akira (Graduado - Universidade de São Paulo)

Maria Antônia Carvalho Dezidério (Graduanda - Universidade de São Paulo)



A inclusão de grupos historicamente marginalizados alterou o perfil estudantil nas universidades brasileiras das últimas décadas. O papel do ensino superior como formação para o mercado de trabalho ou desenvolvimento científico está em debate, intensificado por políticas neoliberais recentes. Nesse cenário, as ações afirmativas, conquistas dos movimentos sociais, enfrentam ofensivas. Refletindo sobre as disputas envolvendo o direito à educação, pergunta-se como essa mudança de perfil discente se converte em permanência e mudança estrutural. Este grupo de trabalho propõe discutir ensino universitário e discriminação, abordando acesso, permanência, gênero, acessibilidade, extensão e metodologias de ensino. Destaca-se a importância do diálogo interdisciplinar entre ciências sociais e direito para romper a hermeticidade dos saberes e pensar sobre a temática da discriminação na universidade e na sociedade.



Judiciário e Política


Coordenadores:

Mariela Campos Rocha - Doutora em Ciência Política pela UFMG e pós-doutoranda em Ciência Política no PPGCP/DCP-UFMG

Izabelle Carvalho Lima - Mestre em Ciência Política pela UFPI e Doutoranda em Ciência Política pelo PPGCP/DCP - UFMG

Mariana Elis Campos Gomes - Graduada em Direito pela PUC Minas e Mestranda em Ciência Política pelo PPGCP/DCP - UFMG


A proposta do GT Judiciário e Política tem o objetivo de reunir trabalhos que discutam as relações sobre o Direito e a Política, sobretudo, compreender as práticas e os impactos da atuação das instituições judiciais (Tribunais e Suprema Corte; Ministério Público; Defensoria Pública; Polícia etc.) e de seus agentes políticos no Brasil e também em perspectiva comparada nos países latino-americanos. São temas de interesse: a) judicialização da política; b) comportamento dos atores judiciais; c) dinâmica institucional do sistema de justiça; d) acesso à justiça; e) ativismo judicial. Serão aceitos trabalhos desenvolvidos em metodologias quantitativas, qualitativas ou mistas e não há especificidade de matéria, cabendo discussões em âmbito civil, criminal, militar, eleitoral, trabalhista, dentre outros. Dessa forma, o GT visa contribuir com a ampliação das discussões sobre esta temática na academia.



Crise de narrativas: disputas em torno do gênero, das sexualidades e dos feminismos em plataformas de mídia social


Coordenadores:

Thiago Camargo - Doutorando em Antropologia Social/PPGAn-UFMG

Vivian Lins - Mestranda em Antropologia Social/PPGAn-UFMG


A "plataformização da vida" não apenas intensificou a circulação de dados e informações como transformou sujeitos e práticas. Facebook, Instagram, WhatsApp e outras, junto de dimensões materiais e técnicas que as envolvem, mais que viabilizar a possibilidade de multiplicação de falas colocam o sujeito que as acessa enquanto central no processo de construção, transmissão e reverberação de narrativas. Dessa forma, ocorreu nos últimos anos uma ampliação cada vez mais intensa de narrativas não factuais, distorcidas e manipuladas - as chamadas fake news Nos campos feministas, do gênero e das sexualidades, isso não apenas não é diferente como ainda mais evidente, uma vez que conteúdos que causam controvérsia tendem a ser ainda mais compartilhados e reverberados nas plataformas de mídia social.

Nessa esteira comparecem, ainda, narrativas essencialistas, naturalizantes, biologizantes e que acionam moralidades, discursos religiosos e reificações de identidade. Nosso interesse está, portanto, em trabalhos que tematizem essas crises e disputas de narrativas a partir de discussões sobre gênero, sexualidades e feminismos sob distintas perspectivas e metodologias no campo das Ciências Sociais.



Democracia e Participação Política


Coordenadores:

Diego de Menezes - Pós-doutorando DCP/UFMG - INCT IDDC.

Leopoldina Lavor - Doutoranda DCP/UFMG - INCT IDDC.

Marina Kuebler - Mestranda DCP/UFMG - INCT IDDC.


O objetivo do GT – Democracia e Participação Política consiste em proporcionar um espaço de reflexão e debate sobre as diferentes formas de participação e ativismos, assim como os dilemas da participação política frente aos atuais desafios enfrentados pelas democracias. Serão acolhidas propostas de trabalhos empíricos e teóricos de diferentes temáticas referentes à relação entre democracia e participação política a partir dos seguintes eixos: a) movimentos sociais e/ou contramovimentos; b) novos atores e formas de ativismo; c) dilemas e transformações nas dinâmicas de participação; d) ativismo conservador, extrema direita e participação; e) instituições participativas e participação institucional.




Perspectivas Interseccionais e Democracia Eleitoral


Coordenadores:

Gabrielle Marques - Doutoranda em Ciência Política (UFMG)

Brenda Barreto - Doutoranda em Ciência Política (UnB)

Mariana Costa - Doutoranda em Ciência Política (Unicamp)


O grupo de trabalho “'Perspectivas Interseccionais e Democracia Eleitoral”' convida pesquisadoras e pesquisadores para discutir a sub-representação de grupos marginalizados na política institucional. Este grupo focará na representação política, conforme definido por Pitkin (1995), de grupos sub-representados e nos desafios que enfrentam, tanto no processo eleitoral quanto na vivência intrapartidária. Tópicos como violência política de gênero, dificuldades na obtenção de recursos, implementação e impacto da lei de cotas, e análises sobre agendas políticas adotadas por mulheres, pessoas não brancas e membros da comunidade LGBTQIA+ quando eleitos são de especial interesse. Buscamos trabalhos que ofereçam tanto análises teóricas quanto empíricas. Esperamos que os trabalhos apresentados enriqueçam a compreensão das estruturas de poder e as formas de exclusão presentes nos processos, contribuindo significativamente para o fortalecimento da democracia eleitoral.




PRÁTICAS ALIMENTARES, RELIGIÃO E MÍDIAS SOCIAIS: A RELAÇÃO COMIDA, SAGRADO E INTERNET


Coordenadores:

Jessica Santana Silveira Dias - Doutoranda em Sociologia (UFMG)

Luiz Fábio Pinheiro Lima - Doutorando em Antropologia (UFG)


O Grupo de Trabalho busca discutir a respeito das intenções, interações e reações acerca do compartilhamento, em mídias sociais, das práticas alimentares e suas conexões com as religiões. O ato de se alimentar envolve diversas dimensões da vida humana, uma vez que escolher o que come, como come e onde come, revelam as construções sociais e culturais de um grupo. Quando essa alimentação é inserida dentro do contexto da religiosidade o alimento passa a se relacionar com a ancestralidade, o divino, o ritualístico e se embrenha em uma relação que une comida, religião e tradição, como por exemplo nas religiões de matriz africana em que o corpo come, o Santo come; nas religiões cristãs a oferta do “corpo” e “sangue” de cristo e nas religiões indígenas em que os alimentos têm “alma”. Assim, o intuito desse GT é debater sobre como a internet é utilizada para transmitir os modos de fazer, comer e preparar os alimentos para os rituais de alimentação; os simbolismos que esses rituais; objetivos e repercussões dessa exposição na internet e receber estudos sobre a contemporaneidade desse tema, em geral.




Métodos quantitativos em Sociologia


Coordenadores:

Wellington Santos Souza - Mestrando em Sociologia no Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS/UFMG);

Emilly Vitória Ribeiro Barbosa - Mestranda em Sociologia no Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS/UFMG).

Maria Luiza Mendes de Araújo - Graduanda em Ciências Sociais (UFMG) e bolsista do PET Ciências Sociais


A proposta do GT Métodos quantitativos em Sociologia é proporcionar um espaço de discussão que reúna projetos de pesquisa, trabalhos em andamento ou concluídos cuja metodologia e instrumentos trabalhem com dados quantitativos na área de Sociologia. Além disso, tem por objetivo contribuir no sentido de fomentar a aplicação e desenvolvimento de técnicas estatísticas entre estudantes de graduação em ciências sociais. Nesse sentido, o GT incentiva a submissão de trabalhos que utilizem métodos quantitativos, onde o objetivo central da discussão sejam os métodos, suas delimitações, metodologia de coleta e análise dos dados.



Micro e Macro Escalas da Maternidade como agenda de pesquisa


Coordenadores:

Gisele Camilo da Mata - Mestre em Educação e Docência - UFMG

Áquila Bruno Miranda - Doutoranda em Psicologia Social - UFMG


Com objetivo de promover um diálogo sobre perspectivas à temática da maternidade como agenda de pesquisa partindo da premissa do impacto social da maternidade. O trabalho do cuidado constituinte da maternagem, a dimensão política da organização social e da gestão cotidiana do cuidado, sabendo que na grande maioria dos casos as mulheres são as responsáveis primárias por este trabalho e são afetadas em todos os aspectos de suas existências da carreira profissional, acadêmica à vida social, das políticas reprodutivas à conjugalidade e sexualidade. Em perspectiva interdisciplinar objetiva-se aproximar termas variados para discutir as dimensões generificadas, racializadas, sexualizadas e/ou da deficiência das maternidades e do cuidado. Como movimento de mudança epistêmica e de afirmação da relevância da maternidade como categoria para as Ciências Sociais, o GT acolhe trabalhos que abordem maternidades atípicas, maternidades no ambiente acadêmico e no mercado de trabalho, políticas públicas para a maternidade e outros.






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