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GT's Graduação em Foco 2022 - Ementa e Resumo Expandido




O Graduação em Foco de 2022 abre inscrições para submissão de resumos para a participação de graduandes na área de Ciências Sociais. O evento, que acontece anualmente, visa dar espaço para que alunes da graduação possam apresentar suas pesquisas e seus trabalhos sobre diversos temas. Todes que estão regularmente matriculades no curso de Ciências Sociais e em áreas relacionadas (Antropologia, Ciências Socioambientais, Gestão Pública, etc) podem se inscrever. Os GT's dessa edição, com o nome dos coordenadores, ementa e resumo expandido estão a seguir, junto com o edital.


Edital Edital para a submissão de resumos de trabalhos para compor o Graduação em Foco, edição de 2022.






Grupos de Trabalhos: Os trabalhos submetidos neste edital deve estar dentro de algum dos eixos temáticos dos seguintes Grupos de Trabalho:

Explorando documentos: possibilidades, campo e metodologia

Coordenadores:

Ketyline Pimenta

Doutoranda em Sociologia - PPGS/UFF


Letícia Sales

Doutoranda em Antropologia - PPGA/UFF


Ementa:

O uso de documentos em pesquisas científicas abre um leque de possibilidades na medida em que ele pode ser fonte, objeto de reflexão e metodologia. Os protótipos de documentos podem ser “escritos e não escritos”, e vão de registro geral (RG), certidão de pessoa física (CPF), certidão de nascimento e óbito, carteira de trabalho, atas, processos judiciais, boletins de ocorrência, leis, registros históricos públicos e pessoais, assim como cartografias, fotografias, filmes, gravações de áudio, etc., e, podem assumir diferentes formas, como impressas e digitais.

Dos documentos que “infernizam a vida dos indivíduos” (Peirano, 2006) até o aldeamento nas “aldeias-arquivo” (Carrara, 1986), se faz possível o estudo de e nos documentos a partir dos discursos, faltas, falhas e silenciamentos assim como no campo tradicional com pessoas de carne e osso, ainda que com particularidades (Vianna, 2014).

Pretendemos receber trabalhos que utilizem documentos em qualquer uma das perspectivas possíveis. Objetiva-se estabelecer um ambiente de diálogo onde possamos contribuir com o trabalho dos proponentes e com o próprio desenvolvimento do debate em torno da utilização de documentos em pesquisas científicas.


Resumo expandido do GT, disponível no documento abaixo:




Sexualidades e representações: perspectivas interseccionais entre gênero e raça


Coordenadores: Analice Paron de Silva

Mestranda em Antropologia Social - PPGAS/Unicamp

Júlia Vargas

Mestranda em Antropologia Social - PPGAS/Unicamp


Ementa:

Este GT buscará debater trabalhos que se propõem a refletir sobre questões relacionadas à sexualidade e ao gênero a partir de suas intersecções com as relações raciais. Para este debate, partimos do atual contexto político e social do Brasil, em que as garantias de direitos sociais, sexuais e reprodutivos, por exemplo, têm sido intensamente atacadas pelas esferas estatais, considerando também como diferentes corpos são distintamente impactados por esses retrocessos. Tendo como eixo central as discussões sobre sexualidades, a proposta é direcionar o olhar especialmente para as clivagens de gênero em suas intersecções com diferenças de raça, além de nacionalidade e classe, por exemplo, pensando como diferentes sujeitos e coletividades são afetados e como também exercem agência nesses contextos. Serão bem-vindos trabalhos que discutam temas como trabalho sexual, trabalho reprodutivo, comunicação e expressões midiáticas sobre gênero, direitos sexuais e reprodutivos, populações LGBTQIA+, corporalidades, representação, erotismos e sexualidades, masculinidades, feminismos, relações entre raça e sexualidade, entre outros. Além disso, trabalhos que discutam novas abordagens metodológicas, diferentes corpos e posicionalidades em campo, além de outros debates sobre os desafios no desenvolvimento das pesquisas também serão bem-vindos e acolhidos pelo GT.


Resumo expandido do GT, disponível no documento abaixo:



Punição e controle social: novas perspectivas sobre velhas questões


Coordenadores:

Marco Túlio Sousa Fernandes

Mestrando em Sociologia (PPGS/UFMG) e Pesquisador no Centro de Estudos em Criminalidade e Segurança Pública (CRISP/UFMG)


Maria Elisa Rocha Couto Gomes

Mestra em Sociologia (PPGS/UFMG), Pesquisadora no Centro de Estudos em Criminalidade e Segurança Pública (CRISP/UFMG)


Dejesus de Souza Silva

Doutorando em Sociologia (PPGS/UFMG) e Pesquisador no Centro de Estudos em Criminalidade e Segurança Pública (CRISP/UFMG).


Ementa:

A proposta deste GT é discutir trabalhos sobre punição e controle social, em especial aqueles

cujos enfoques sejam interações, fenômenos, sistemas e instituições. Assim, pretendemos

ressaltar a contribuição de pesquisadores(as) em formação para o preenchimento das lacunas

desta literatura apontadas por Lourenço e Alvarez (2017). Serão aceitos trabalhos que, à sua

maneira, (i) dialoguem com a literatura internacional, sobretudo latino-americana; (ii) se

dediquem à análise da ação governamental, principalmente das políticas penitenciárias e de

segurança pública, apoiando-se em estudos sobre políticas públicas; (iii) investiguem os

múltiplos entrecruzamentos das ações das esferas de poder da União nas instâncias Federal,

Estadual e Municipal; (iv) utilizem abordagens comparativas e/ou temporalmente longas e (v)

façam uso de metodologias quantitativas, qualitativas ou mistas. Além destes temas, também

serão debatidos trabalhos que explorem temáticas relacionadas a (vi) gênero e sexualidade;

(vii) raça; (viii) facções criminosas em prisões; (ix) APACs; (x) policiais penais e burocratas

penitenciários; (xi) o acesso aos direitos das pessoas privadas de liberdade; e (xii)

encarceramento em massa.


Resumo expandido do GT, disponível no documento abaixo:




Marcadores Sociais da Diferença: raça, gênero e sexualidade em perspectiva


Coordenadores:

Maria Alice Magalhães

Mestrandas em Antropologia Social -PPGAN/UFMG


Marília Loureiro Basílio

Mestrandas em Antropologia Social -PPGAN/UFMG


Rafaela Rodrigues de Paula

Mestrandas em Antropologia Social -PPGAN/UFMG


Steffane Pereira Santos

Graduada em Ciências Sociais - UFMG


Ementa:

A proposta deste GT é reunir e discutir trabalhos, teóricos ou empíricos, que apresentem como categorias centrais de discussão gênero, raça, sexualidade, dentre outros marcadores sociais da diferença. A ideia é ensejar reflexões sobre o modo com que essas categorias se imbricam nas experiências de sujeitas/os/es socialmente localizadas/os/es, tomando a própria experiência como histórica e socialmente produzida (SCOTT, 1998), bem como a diferença (BRAH, 2006). Na mesma direção em que propõe Avtar Brah (2006), Kimberlè Crenshaw (2002; 2004), Patricia Hill Collins e Silma Bilge (2021), partimos de uma perspectiva em que estruturas de raça, classe, gênero e sexualidade não podem ser pensadas como independentes, na medida em que se constituem mutuamente; e de que não existem hierarquias de opressão, como sugeriu Audre Lorde (2020). A proposição é incentivar considerações sobre como os marcadores sociais da diferença por vezes produzem ou se traduzem em hierarquizações e desigualdades entre distintes sujeites (KILOMBA, 2019) a partir de textos/pesquisas que abordem um ou mais desses marcadores, bem como a própria relação entre eles.


Resumo expandido do GT, disponível no documento abaixo:




As Ciências Sociais no Século XXI: problemas e trajetórias em perspectiva comparada


Coordenadores:

Thays Felipe David de Oliveira

Doutoranda em Ciência Política - PPGCP/UFPE


Karine Danielle da Costa Lira

Mestranda em Direitos Humanos - PPGDH/UFPE

Debatedor:

Renato Victor Lira Brito

Doutorando em Ciência Política - PPGCP/UFPE


Ementa:

As crises experienciadas pelo mundo no século XXI, como a da pandemia atual do novo coronavírus, coincidem com períodos sensíveis nas Ciências Sociais, que têm colocadas em xeque as suas credibilidade e validade para tratar de problemas reais. Este Grupo de Trabalho intenciona proporcionar o compartilhamento de conhecimento entre todas as áreas que constituem as Ciências Sociais. Através de estudos observacionais, experimentos, revisões sistemáticas, estudos de caso, etnografias e de métodos mistos, as Ciências Sociais realizam pesquisas sobre fenômenos políticos. Nesse sentido, este Grupo de Trabalho tem como objetivo apresentar o que tem sido publicado, considerando as discussões recentes no que tange ao aumento da desigualdade, à pandemia, à polarização política, ao desrespeito às regras do jogo democrático, à segurança cibernética, às questões de gênero e sexualidades, ao racismo, temas que necessitam de uma reflexão sistemática e profunda dos pesquisadores.


Resumo expandido do GT, disponível no documento abaixo:



A Comida nas Ciências Sociais


Coordenadores:

Juliana Borges de Souza

Doutoranda em Ciências Sociais - UFRRJ


Thaís Xavier de Assumpção

Mestranda do programa "Patrimônio, Cultura e Sociedade" - UFRRJ


Ementa:

O grupo de trabalho tem o propósito de ampliar as discussões sobre as múltiplas formas que a comida pode significar: Queremos proporcionar espaços de reflexão para compreender melhor as suas relações no que se refere às representações de gênero e à produção de identidade. Entendemos que a alimentação pode fazer referência à patrimônio, à memória familiar, à território e à modos de vida. Da mesma forma, podemos dizer que a comida possui relações com muitas áreas de conhecimento tais como o turismo, a hospitalidade, a história, a nutrição, a sociologia dentre outras. Partimos da premissa de que a representação da comida, o ato de comer e o modo de fazer concebem códigos de sociabilidade, de distinção de geração, de diferenças entre gêneros e de contexto político e social que podem nos ajudar a compreender melhor a sociedade. Por tudo isto, gostaríamos de submeter esta proposta e esperamos que ela possa contribuir com o evento no sentido de representar um campo de conhecimento em crescimento e pertinente para reunir apresentações tanto a respeito de temáticas específicas de determinadas áreas de conhecimento quanto tem um potencial de incentivar a apresentação de trabalhos interdisciplinares.


Resumo expandido do GT, disponível no documento abaixo:



Trabalho Docente e Pademia: consequências do ensino remoto na Educação Básica


Coordenadores:

Heloisa Silva de Oliveira Gomes

Doutoranda em Educação no Programa de Pós Graduação em Educação da UFMG


Larissa Dulce Moreira Antunes

Doutoranda em Ciência Política no Programa de Pós Graduação em Ciência Política da UFMG


Ementa:

No ano de 2020 o mundo se viu imerso na pandemia do COVID-19 que assolou diversas economias e acarretou em um número exorbitante de mortos, em especial, no Brasil. As recomendações da OMS para evitar a proliferação e o contágio, até a vacinação de toda a população, seria o isolamento social. Muitos estabelecimentos e instituições, incluindo as escolas de educação básica, foram fechadas e o regime de ensino tornou-se remoto. Consequentemente as desigualdades e limitações das escolas públicas afloraram trazendo novas demandas de trabalhos e aprendizados a todos os envolvidos, principalmente, ao educador, que teve sua atividade laboral precarizada. Compreendemos a precarização como a perda de autonomia, desqualificação e desprofissionalização. A precarização do trabalho docente nas escolas do campo e da periferia ficaram mais evidentes, pois como educar e concomitantemente responder às demandas oriundas da Secretaria Estadual de Educação, quando os alunos não possuem condições objetivas para participar deste processo? O presente GT tem como objetivo debater trabalhos e pesquisas que contribuam na investigação destes desafios enfrentados pelos professores que atuam nas escolas de educação básica. Por ora, vale ressaltar que este espaço também contempla estudos e pesquisas que tratam das novas tecnologias utilizadas em sala de aula, didáticas e políticas públicas que estiveram presente durante esse processo. Ademais vale ressaltar quais foram as consequências desta forma de ensino pós pandemia, no ensino e aprendizagem.


Resumo expandido do GT, disponível no documento abaixo:



Sociabilidades e Práticas de Rua: perspectivas antropológicas urbanas em evidência


Coordenadores:

Elisa Silveira Cardoso

Mestranda em Antropologia Social - PPGAN/UFMG


Sávio Henrique Ribeiro de Carvalho

Mestrando em Antropologia Social - PPGAN/UFMG


Ementa:

Este Grupo de Trabalho tem como objetivo reunir comunicações interessadas nos estudos de sociabilidade e práticas de rua a partir da Antropologia Urbana. Nessa direção, a discussão permeia campos de análise sobre as relações de aliança, conflito, éticaestética, disputa, práticas, trocas, territorialidade, violência e vivências entre grupos de jovens ou tribos urbanas. Essas chaves analíticas permitem perceber o sistema de multipertencimento presente cotidianamente nas ruas, viabilizando o entendimento sobre o “potencial de metamorfose” (VELHO, 1994) de indivíduos e grupos, vivendo e agindo, em campos de possibilidades socioculturais. No mesmo sentido, a experiência torna-se atribuída de uma soma de ações individuais e uma acumulação de dados coletivos que delimitam a vida em sociedade (MAFFESOLI, 1990). Dessa forma, o GT pretende convidar propostas que busquem discutir, seja a partir de relatos etnográficos ou reflexões teóricas, as seguintes temáticas sobre grupos de jovens ou tribos urbanas: vertentes e práticas oriundas de estilos musicais; vontades e representações nas formas de torcer e Torcidas Organizadas de Futebol; intervenções gráficas urbanas e o universo da street art.


Resumo expandido do GT, disponível no documento abaixo:



Outros modos de co-viver: corpos humanos e mais-que-humanos, saúde e bem-estar em meio aos escombros do Antropoceno


Coordenadores:

Ítalo Cassimiro Costa

Mestrando em Antropologia Social - PPGAN / UFMG


Marcela de Queiroz Teófilo

Mestre em Educação - UFMG


Ementa:

A primeira metade do século XXI vem sendo marcada por um quadro de crises multidimensionais que vão desde os impactos ecológicos e tecnológicos inaugurados na chamada Revolução Industrial até as lutas por sobre-vivências e bem-estar em meio aos escombros do Antropoceno. Enquanto isso, na lida diária, corpos humanos e mais-que-humanos atravessam e são atravessados por esses extensos miasmas. Nesse cenário caótico, muitos sujeitos passaram a sofrer bio-psico-socialmente com os impactos dessas crises de formas distintas. Ora acometidos por todo tipo de violação dos Direitos Humanos através de expropriações territoriais e ameaças à vida, ora reinventando seus modos de vida, esses sujeitos tecem redes de co-vivências resistindo aos perigos e mal-estar civilizatórios e modernistas. Nos campos da Antropologia do Corpo e da Saúde, Antropologia das Ciências e das Técnicas ou dos Conflitos Socioambientais, este Grupo de Trabalho visa congregar e incentivar trabalhos, teóricos e/ou etnográficos, que suscitem outras formas educativas e de aprendizagens interativas com as naturezas-culturas emergentes (Haraway, 2021), problematizando e refletindo as relações humanas e mais-que-humanas, as práticas de saúde e bem-estar, as expropriações ecológicas e seus impactos ou que dialoguem com outras formas de co-vivências.


Resumo expandido do GT, disponível no documento abaixo:



A Ética da Não Violência: um debate sobre a violência do discurso ao ato


Coordenadores:

Stephany Dayana Pereira Mencato

Doutoranda pelo programa de Ciência Política - PPG/CP-UFMG


Amanda Figueiredo Clemente

Graduanda em Ciências Sociais pela UFMG


Ementa:

Este início de século está marcado por fortes crises em diferentes esferas do sistema mundial que repercutem no cenário brasileiro, são por exemplo, crises capitalistas que afetam a economia e ampliam a pobreza e a desigualdade econômica, crises políticas que ameaçam a democracia e até uma crise sanitária marcada pela ameaça de colapso da saúde pública. O cenário é preocupante, marcado pela radical polarização no ambiente político entre posicionamentos extremos, inconciliáveis e que ampliam a violência no cenário nacional, que transitam entre discursos e atos. O presente grupo de trabalho compreende a centralidade das mobilizações políticas populares em sentido amplo, busca refletir a força dos corpos em aliança, bem como a política que emana das ruas e seus movimentos. São esperados trabalhos que abordem diferentes aspectos das violências observadas no Brasil neste período de fortes mudanças e embates políticos, especialmente pautados na compreensão da realidade colonial, racista, machista, patriarcal, LGBTQIA+fóbica e antidemocrática frente a um movimento crescente de reivindicação por igualdade radical e uma sociedade não violenta.


Resumo expandido do GT, disponível no documento abaixo:




Métodos Quantitativos para Cientistas Sociais: propostas didáticas para ensino e pesquisa


Coordenadores:

Renato Victor Lira Brito

Doutorando em Ciência Política - UFPE


Carolina Gabriela Dolléans

Mestranda em Ciência Política - Universidade Federal de Pernambuco Licence de Droit, Économie, Gestion, Mention Science Politique - Université Paris Nanterre


Júlia Cardoso Lima Pastick

Bacharelanda em Ciência Política - UFPE


Ementa:

O calcanhar metodológico (SOARES, 2005) das Ciências Sociais foi tema de amplo debate nas últimas décadas. Nesse sentido, autoras como Barberia, Godoy e Barboza (2014) defenderam o papel do didatismo e das abordagens pedagógicas para a capacitação dos cientistas sociais brasileiros e para a superação de possíveis obstáculos formativos. Os métodos quantitativos, especialmente quando direcionados a experimentos e quasi-experimentos, estão alinhados às novas mudanças paradigmáticas e às revoluções de credibilidade e cientificidade nas Ciências Sociais. A complexidade, per se, não é uma exclusividade da metodologia quantitativa, mas sim uma barreira intrínseca da produção científica rigorosa nas duas culturas metodológicas (GOERTZ; MAHONEY, 2012). Através do aprendizado dos métodos quantitativos e dos fundamentos de desenho de pesquisa, há a formação dos pesquisadores em uma estrutura mínima que pode ser ampliada posteriormente. Além disso, o ensino da metodologia quantitativa constitui uma oportunidade de especialização dos estudantes como pesquisadores e profissionais, garantindo a sua competitividade e aumentando as possibilidades de internacionalização.



Resumo expandido do GT, disponível no documento abaixo:




O patrimônio incômodo: memórias sensíveis e difíceis nas dinâmicas contemporâneas de lembrar e esquecer


Coordenadores:

Jaqueline de Oliveira e Silva

Dra. em Antropologia (PPGAN - UFMG). Pesquisadora LACS-UFMG. Polo Sociocultural Sesc Paraty


Lilian Gomes

Dra. em Antropologia Social (PPGAS - Museu Nacional), Docente PPGSP/ IUPERJ / UCAM


Ementa:

O conceito de patrimônio de matriz eurocêntrica - associado à preservação do belo e do bom - frequentemente reitera narrativas positivadas e conciliatórias a respeito do que é digno de lembrança. A denúncia do caráter estrutural da violência na sociedade brasileira vai de encontro a essa perspectiva e agencia outros protagonistas na dinâmica preservação e esquecimento. Situações traumáticas, incômodas, marginais e historicamente apartadas da memória coletiva têm sido cada vez mais levadas a público. Os meios para tanto são diversos, como por exemplo, as ações de intervenção sobre monumentos construídos em homenagem a personagens genocidas; a construção de memoriais que remetem a passados traumáticos; a elaboração de “antimonumentos” e ações de “contra-memória”; a releitura/reconfiguração de exposições e acervos por agentes historicamente retratados de forma estereotipada. Tendo em vista esse amplo leque de iniciativas, este GT pretende acolher propostas que tratem de formas diversas de ação criativa a respeito dos atos de lembrar e esquecer.


Resumo expandido do GT, disponível no documento abaixo:



Da construção ao desmonte: Políticas Públicas brasileiras, da Constituinte ao governo Bolsonaro


Coordenadores:

Ana Luiza Martins de Medeiros

Mestranda em Ciência Política, UFMG


Catharina de Mello Diniz

Mestranda em Ciência Política, UFMG


Kelly Cordeiro dos Santos

Doutoranda em Ciência Política, UFMG


Ementa:

O GT abarca trabalhos focados na compreensão da ação estatal na construção de políticas públicas, bem como de sua relação com atores sociais. Portanto, almeja-se fomentar as discussões relacionadas aos processos de construção, manutenção e desmantelamento das políticas públicas, tendo em vista as intensas lutas sociais por justiça e reconhecimento, que as permeiam. Nesse sentido, busca-se ampliar o debate sobre o papel do Estado na promoção e garantia de direitos, sobretudo em momentos de crises, como a crise política, acentuada com Bolsonaro, e a crise econômica, agravada na pandemia de Covid-19. Objetiva-se, portanto, aprimorar conhecimentos relacionados ao papel do Estado, bem como às relações socioestatais e às políticas públicas neste cenário. Porquanto, o GT busca discutir, metodologicamente ou teoricamente a: a) relações intergovernamentais; b) desmantelamento de políticas públicas; c) relação socioestatal; d) mecanismos institucionais de [des]coordenação de políticas; e) efeitos da descentralização nas crises; f) papel de instituições participativas no enfrentamento às crises; e g) papel dos 3 Poderes nas crises.


Resumo expandido do GT, disponível no documento abaixo:



Debates contemporâneos sobre autonomia sexual e reprodutiva


Coordenadores:

Daniella Monteiro de Lima Borges

Mestranda em Direito pela UFMG


Elisa Borges Matos

Mestranda em Direito pela UnB


Ementa:

A produção acadêmica a respeito da efetividade de direitos sexuais e reprodutivos é essencial no contexto contemporâneo para promover reflexões sobre formas de garantir e ampliar esses direitos. Isso porque determinados corpos, destacadamente aqueles femininos, e considerados “desviantes” das normas de gênero, permanecem sendo vulnerabilizados enquanto alvos dos dispositivos de controle e vigilância perpetrados pelo Estado e por aqueles que ocupam espaços de poder em nosso país, como o governo federal e o Poder Judiciário.

Não nos olvidando da questão primordial de que os direitos sexuais são indevida e frequentemente analisados como mera categoria subordinada aos direitos reprodutivos, este GT pretende propor um diálogo entre ambos, com vistas a superar essa limitação, especialmente a partir dos conceitos de justiça reprodutiva e autonomia sexual. Para tanto, serão bem recepcionados trabalhos sob a perspectiva interseccional, que tratem sobre direito ao aborto, ao planejamento familiar, à maternidade; bem como direito à educação sexual, direito ao prazer e a viver e expressar livremente e em segurança a sexualidade, autonomia e consentimento, dentre outros.


Resumo expandido do GT, disponível no documento abaixo:


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